Son Heung-Min precisa de uma classificação quase impossível da Coreia do Sul na Copa para tentar fugir do serviço militar obrigatório em seu país
Essa regra tão restrita pode interromper o futuro brilhante de Son, o jogador da seleção e astro do Tottenham da Inglaterra.
Escalado para todos os jogos — com exceção de um — na última temporada do campeonato inglês, Son tinha um acordo com o governo de seu país: caso a seleção sul-coreana chegasse às oitavas de finais, ele estaria livre de prestar o serviço militar obrigatório.
O desejo de Son continuar no futebol, no entanto, parece cada vez mais longe de se realizar depois da derrota para o México no último sábado (23), por 2 a 1.
Para seguir na Copa do Mundo da Rússia e atuando no futebol europeu, o time da Coreia do Sul precisa de uma combinação delicada de resultados na próxima rodada. É necessário vencer a atual campeã mundial, a Alemanha por no mínimo, 2 gols de diferença e que a Sérvia perca do México.
Outras possibilidades
No sábado, após a derrota para o México, a seleção foi visitada nos vestiários pelo presidente do país Moon Jae-in. Foi então que Son se deu conta de que sua vida nos campos está em risco e chorou em frente ao líder sul-coreano.
Contudo, ainda existem outras possibilidades para o meia-campista. A Coreia do Sul concede exceções na prestação do serviço para cidadãos que enalteçam o país com algum grande mérito.
Logo, caso o time sul-coreano vença os Jogos Asiáticos que serão disputados em agosto deste ano na Indonésia.
Uma medalha nas Olimpíadas também é considerada, no entanto, esta já está fora de cogitação para Son. O jogador tem 26 anos e precisa cumprir os 21 meses de serviço obrigatório antes de completar 28 anos. Na próxima edição das Olimpíadas, Son já teria a idade máxima.
A última chance para Son continuar atuando no esporte é um pedido reforçado pela torcida: que o Tottenham peça a sua cidadania inglesa. Neste caso, no entanto, Son seria considerado um fugitivo e jamais poderia voltar à Coreia do Sul.
Foto: Getty Images
A guerra da Coreia foi uma das mais sangrentas da história, principalmente por sua duração. Em três anos morreram pelo menos 5 milhões de pessoas. Neste momento, a guerra, que ainda não terminou formalmente, pode enfim ser encerrada com um acordo entre Seul e Pyongyang, que vem sendo negociado pelas autoridades dos dois países, segundo informou o site sul-coreano Munhwa, na terça-feira (17).
Fonte: R7